quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Mídia das mídias e os Analistas de mídias digitais

Eu fiquei um bom tempo afastado da internet, por isso ouvi o termo “analista de mídias sociais” pela primeira vez não faz muito tempo. No começo achei que era o emprego dos meus sonhos, mas depois percebi que não deve ser nada fácil ser um.

Eu peguei a internet engatinhando, mais ou menos em 97, por isso já vi muita coisa nascer e morrer de lá pra cá. Mas confesso: quando comecei a usar a internet, encarei mais como uma brincadeira, uma forma de se entreter, passar o tempo batendo papo e matar trabalho. Hoje, vendo as empresas "comprando blogueiros", fazendo virais, twittando seus produtos e montando comunidades em Orkut e afins, percebi que a internet definitivamente se tornará a maior mídia do mundo. E não é “só mais uma mídia”, é a mídia que vai engolir as outras mídias, a Mídia das mídias.

Então baseado no que venho lendo nos últimos meses e em palpites prepotentes, em verdade vos digo:

Assim como os discmans e os cds, os livros impressos vão praticamente desaparecer, graças aos e-books e aos leitores de livros digitais, assim como também aos audiobooks e aos podcasters. A pirataria de livros será idêntica a pirataria de músicas que, acredite, ainda está só começando. E aquele papo romântico de que “ah, mas o cheirinho do papel do livro é maravilhoso” é o mesmo argumento dos velhos e cada vez mais raros colecionadores de vinis.

Jornais e revistas impressos também vão desaparecer, só sobreviverão os que estiverem online. Apostilas escolares também serão digitais a partir da 4ª ou 5ª séries (isso porque a escrita a mão ainda é fundamental, mas no futuro isso não será necessário). E isso não vai acontecer só por causa da internet, mas porque nossos filhos já estão aprendendo na escola que derrubar árvores é coisa de bandido.

O BlueRay vai morrer na adolescência: filmes e séries só pela internet, pirateado ou alugado. A TV só não vai perder todo o seu lucro para a internet porque será forçada a baixar os preços das inserções, para poder concorrer. Mas isso também poderá vir a ser um tiro no pé, pois como terá cada vez menos dinheiro para investir em entrenimento de qualidade, também vai acabar desaparecendo aos poucos, ou mudar o formato se tornando parte da própria internet. Enfim, só para citar o que estou lembrando no momento.

Então quando dizem que diversos tipos de negócios precisam ficar mais online, na verdade estão querendo dizer o óbvio: o futuro é definitivamente digital.

Por isso eu me acho um ignorante por não ter escutado antes a expressão “analista de mídias sociais”, pois essa é a profissão do futuro, porque eles escreverão livros (digitais) tentando convencer o mundo a entrar (pra valer, não pra aparecer) na internet. Sorte das empresas que os escutarem.

Por essas e outras que eu digo: empresas, não tenham medo da internet e das redes sociais, pois logo chegará o dia em que TODOS estarão nela.

Ou tenham medo sim, daquele belo dia em que uma tempestade solar vai destruir tudo o que é digital, causando um apagão global. Como tudo nessa vida, a internet também terá seu fim.

Assinado: Danilo Bernardino – o profeta. rs

Um comentário:

Brisa disse...

Ah, Danilo, eu duvido que os livros impressos desapareçam. É a maneira mais concreta e segura de preservar a cultura do homem. Nenhum e-book tem cacife para competir com um velho e bom livro impresso. O ser humano tem indiscutível preferência ao que é real, por mais que crie um mundo paralelo digital. Resumir-se a uma existência virtual, a ponto de depender estritamente da internet para alimentar o intelecto, é um pouco demais. Discordo completamente disso, mas só disso. Esperemos 2012 para ver se essa era digital vai vingar...hehehe